Hoje te deixo ir, com o coração sofrido
Uma liberdade imensa, uma ânsia pelo desconhecido
Uma vontade de viver, uma vontade de ter vivido
Uma verdade intensa, depois de sucumbido
Tanta vida que há fora e eu morto, contigo
Deixo que vás embora, mesmo se fosse comigo
Vou sem mais demoras, rumo ao tal destino
Que já conheci outrora, mas foi tão frio amigo
Vou respirar a aurora que já inspirei assíduo
Vou aceitar as horas onde me encontrar perdido
E te farei senhora, apenas do teu destino
E me farei, agora, jamais teu inimigo
Mas me farei por hora, seu velho conhecido
Até que chegues, senhora, num lugar que faz sentido
Posto que de fora, já nem serei mais teu amigo
Então choro por fora, pois por dentro fui destruído