segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Trecho de uma carta de Vinícius (Vinícius de Moraes)



“Se você soubesse como minha vida ficou monótona, com sem gosto de nada, as vezes tenho a impressão q não vou poder agüentar nem mais 5 minutos sem te ver ... e ainda faltam tantos 5 minutos meu bem...”

Neologismo (Manoel Bandeira)


Beijo pouco, falo menos ainda.
Mas invento palavras
Que traduzem a ternura mais funda
E mais cotidiana.
Inventei, por exemplo, o verbo teadorar.
Intransitivo:
Teadoro, Teodora.

As Rosas Não Falam (Cartola)




Bate outra vez
Com esperanças o meu coração
Pois já vai terminando o verão, enfim

Volto ao jardim
Com a certeza que devo chorar
Pois bem sei que não queres voltar para mim

Queixo-me às rosas, mas que bobagem
As rosas não falam
Simplesmente as rosas exalam
O perfume que roubam de ti, ai

Devias vir
Para ver os meus olhos tristonhos
E, quem sabe, sonhavas meus sonhos
Por fim.

Da Flor que Dorme (Talytha Rocha)

Com a alma descrita em versos
E olhares inda tão vagos
Ela o procura
No universo da loucura
Que o coração está imerso....


Naufragando em afagos
Entre beijos com ternura
Dia pensou que fosse a cura
Mas na verdade, foi o inverso.

Sob Medida (Augusto Simões)




Meça-me as curvas dos cachos.
Meça-me dos lábios às suas
Maçãs do rosto aos sorrisos
Muda-me, sincera, a silhueta.
Meça-me os cílios das bochechas
Que se caíssem, meus seriam.
Meça-me se ela diz:
“Amor”
Meu merecimento.
Mais linda moça
Bela moça, agora minha.
Meça-me agora
Meu amor por ela
Que pesará