segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Agora Somos (Augusto Simões)




Ela me lê,
Eu a leio,
Interpretamo-nos, então.
Ela da sua forma,
Eu da minha forma,
Ela, então me forma, sob sua visão,
E eu, faço o mesmo.
Achamos, imaginamos,
Deformamo-nos na forma que achamos correta.
E nos formamos, nos fazemos, aos poucos.
E, aos poucos, tomamos formas novas,
Transformamo-nos, um ao outro,
E formamos um só, agora.
E, agora, nos lemos,
De várias formas,
Sem fôrmas,
Formando-nos,
Deformando-nos,
Transformando-nos,
Pois agora somos.

7 comentários:

Tata disse...

Lindo esse, Augusto!

Jorge dos Santos disse...

http://enguiacega.blogspot.com/


Extra!!
Extra!!
Extra!!
Extra-ordinário
Extra-vagante
Extraga-prazeres
Extra-ti-ficado

Cuidado:

A Enguia cega
Sobe ao continente
à nado!!

Um convite para a leitura do livro feito de papel picado


Jorge Santos

Yara Souza disse...

Tuas frases, estas formas,
a palavra que deformas,
esta louca disforme
clorofórmica sílaba

it's
for me?

...

(Bom entrar aqui, encontrar o Chico, o Gullar, a Clarice... E te encontrar. Linko-te.)

Yara Souza disse...

Ah, mas foi pergunta retórica, uma poética, uma aliteração...

Não me entenda literalmente hehehehe.

Mas conte o conto.

=)

Dolfo disse...

bacana os poemas e os recortes

abraços!

Júlia de Miranda disse...

Sim, minha área é o cinema e jornalismo! adoro! tracaremos idéias então! bjo

Sandra Regina disse...

cheguei aqui pelo blog da Yara... A-DO-REI!!!!!!!!!! Este poema especialmente bem-feito: trans-FORMA-dor!! Parabéns pelo belo trato Às palavras! beijosss