quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Pobreza (Augusto Simões)

[sem foto por vergonha]


Não componho mais rimas

Tendo (em trocadilho ridículo) que as rimas não me compõem mais

Já me foram tão companheiras as rimas

Mas (mais um trocadilho fraco) as rimas não me acompanham mais

Desde que largue estas rimas

Elas, as rimas (ênfase sem razão alguma), não haverão de me deixar (fraco de dar dor)

É que estas danadas destas rimas

Não vêm, exatamente, por mim (já já eu acabo)

Vêm pelo amor que quando termina

A pobre da rima, sem razão de ser, chega ao pobre fim. (acabei)

(triste, não?)

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